domingo, 13 de junho de 2010

LI

Vertigem

Enlouqueci em um sonho
e os pés dormem acordados.
Tudo cerca o vento.
Anomalias estranhas passam com nomes de homens
o movimento mudo retarda o olhar
O nome das coisas inexistentes.

Acredito em dar nome ao mundo
correndo com os braços abertos.
Mas os vazios ensinamentos morais,
deixa improfícuo o que sinto.
Mudo corro descalço
sem as mãos que rabisca os dias.

E este tempo que me atropela,
os desejos fúteis que me ataca,
as ignomias humanas das quais me alimento,
a miséria de tudo que abandono,
o amor bandido que lhe prometi,
Não entendo! O homem em mim feito de pele.

A pior loucura é aquela que não se perde a razão
feito de água são os meus sonhos
vertigens no corpo abismado,
na alteridade morro vivendo.
Mudo dos olhos o encontro com a vida,
já não sei se esta é a minha sabedoria.

Um dia me cortei pelo o mundo
Mas são os homens que não entendem
do sangue jorra e se esparrama como a água.
Também não entendo porque pessoas bebem
das águas vermelhas do amor
enquanto o poeta morre.

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