domingo, 13 de junho de 2010

XLIX

Não acredito no amor.
Sou muito simples para tanto
mas não leve a mal
é apenas o peso do corpo
as experiências nas mãos
os segredos da vida
e a noite silenciosa em fantasias.

Não acredito em nada.
apenas aceito que fique por perto
acariciando a alma desesperada
sentido o cheiro da chuva ao amanhecer do dia
correndo pelada na rua da madrugada solitária
cantando canções estranhas que leva o corpo a bailar
apenas fique por perto.

Às vezes sinto.
Mas também não quero acreditar,
como questionamos tudo
vivemos pesados pela tonelada da consciência
estragamos a noite com a imaginação nos pensamentos.
Fornicamos no mundo
e agora apenas rimos disso.

Acho que às vezes acredito na solidão
é difícil amar o vazio que se levanta do Mar.
Os homens terão mãos para a dor?
Serão felizes na escuridão?
O que importa!
O que importa agora
as mãos que corre para o nada.

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