domingo, 27 de junho de 2010

LVII

João Antonio..Um personagem de um livro que estou trabalhando....


Nasci em um dia qualquer, fui andando pelas ruas depois que minhas pernas cresceram, perdi um braço e a minha liberdade buscando os meus sonhos, a verdade, é que as coisas foram acontecendo e quando vi estava dado ao infinito. Hoje conto a minha história, como algo que nunca será lembrado, com duvidas se um dia alguém poderá lê-la, com o esquecimento em minha memória, com desconfianças e sem crenças nos homens. Talvez tenha me libertado da obsessão de melhorar o mundo, mas ainda hesito em me libertar? Não conseguirei esquecer os dias e as noites de frio que passo e a pele às vezes que se desiste de si tocar, evitando até mesmo as necessárias masturbações, como quem não quisesse acordar. Já fui uma das pessoas mais esperançosas do mundo, mas devo por motivos indeterminados ter desistido de amar.
Sinto as mãos imensas, do tamanho dos sonhos, é uma imensidão de palavras perdidas em instantes incompreendidos nasce. Os homens sempre buscam entender as coisas, e a cada tempo o vazio toma conta dos motivos que encontram, como se as idéias que iludem tivesse respostas satisfatórias, nos agarramos a elas, formando verdades mudas de experiência e um desprazer avista na aurora.

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