domingo, 13 de junho de 2010

XLVII

Eu nunca mais escreverei
o que vejo é profundo e triste
os meus olhos são leve
junto um sorriso de criança
como posso falar do mundo
se nos sonhos o tempo é ainda por viver

Não quero manchar as mãos
nem perder tempo com paixões
talvez arriscar nos versos um gozo
os meus problemas são ainda impensáveis
o homem em mim irreparável
e todos se matam por tão pouco

As pessoas não vivem as palavras
as palavras também soam mortas
como o vôo dos pássaros solitários
os homens marcham mortos
pequeninos em seus joguinhos de amor
Enfim, o mundo está morto.

Amantes carentes de versos
pessoas sozinhas na rua
silenciosas estradas sem amor
o frio matando os mendigos,
pessoas trancadas no quarto
o coração também não se abre na aurora.

As mãos desobedientes andam só
como corpo não pensa
abandona o artista e seus pensamentos
planos para o futuro não faz
mente ao mundo um traidor
ri os sonhos do homem.

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