sábado, 12 de junho de 2010

XXXIX

Quero lhe trazer de volta
ao mundo dos vivos.
Doce fantasma que em minha porta bate.

Quero ressuscitar o grande amor perdido
em um toque leve da mãos
com traço marcado da terra
lentamente nú a seu corpo

Quero lhe trazer de volta para fobia
junto ao vento que sustentou o imenso salto,
exaltar a vida que veio como uma rosa.

Quero ver na boemia um sorriso a altura
relaxar o corpo
e as duas maças que sustentas como peito.

Quero lhe trazer de volta na melodia
chegou a hora da orgia
dançar a valsa que nos braços se rendia,
cantar a música que outrora elevaria.

Quero que o seu grito no escuro
salte para dentro dos homens,
conquistando os corações solitários
fazendo queimar os peitos mesquinhos.

Quero lhe trazer de volta,
mas às vezes acho que quero partir com você,
para longe do mundo da covardia.

Quero ir para bem longe da hipocrisia,
deixar os espinhos sangrar na pele,
esquecer o tempo longe das horas
flutuar no ar sem pára-quedas.

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