Cai pela a noite uma pluma
selvagem de enlouquecer as mãos.
Os pássaros passavam por ela cantando
invisíveis ao flutuar sereno do vento.
Os deuses gritavam distantes
e todo o movimento nu dos versos
levavam inveja aos homens orgulhosos
em busca de suas conquistas materiais.
O tempo passava
aqui e ali uma flor aparecia
com aroma ventoso
e os olhos repletos de desejos.
Dizia a elas:
os reis invejavam os poetas
e de tempos em tempos pensava-os como bobos da corte,
mas em seus sonhos o riso era dos lunático.
O desespero estudava
o niilismo sentia
e entendiam cada criação das criaturas.
A consciência do mundo uma invenção.
Já que tudo é sem valor,
que as convenções abomináveis se distanciem de mim
e o ar sereno delire na volúpia dos dias.