sexta-feira, 2 de abril de 2010

XXII

Há montanhas de papeis
pelo chão.
Nas mãos desenhos perdidos
com fotografias mortas.

Nos dias gritos silenciosos
tampando os ouvidos
e Nu ao mundo o homem
feito borboletas invisíveis.

Há um bilhete
com palavras safadas
que deixaste só em cima da cama.

Grito aos amores vadio para delirar
e tudo some até mesmo
o que aparece nos sonhos.