domingo, 13 de junho de 2010

XLVI

Pare silêncio
há um labirinto trancada
preso a pele demente
uma monstruosa solidão
não posso mais acompanhar
mundano é o varão em mim
os passos estão desafinados
há o erro, a calunia e a discórdia
no corpo feito de sonhos.

Deixe silencio
a beleza intacta
não desfolhe a rosa no ar
perto do Mar que me engole
há um lugar deserto
onde nem é preciso caminhar
as lagrimas solta os olhos
há um homem trancado em mim.

Olhe silencio
são confusas as noites na sua presença
o peito bate
e a esperança parte
roubaste a aurora
para ascender a chama do céu.
Nos intragáveis dias uma melodia
se revolta no inútil amanhã que se levanta.

Sei Silencio
são só sombras irreconhecíveis
em um mundo sem pecado
mas com a ganância e a miséria
toda a dimensão do ser em círculos
gira oh bola de fogo
cai como as estrelas
tacando fogo no mundo.

Devore silencio,
lentamente, os segredos inabaláveis,
com os rastos amargos da voz
desenhe a infeliz miséria humana
Das mãos insustentável que se lance uma gota de sangre
como um sopro de divino ardor
destranca o homem em mim silêncio
de velas para a loucura.

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