quarta-feira, 31 de março de 2010

XXI

Decadência.

Aqui jaz poetas se suicidam,
mentindo ao mundo.
Pensam em conquistar uma jovem
e não há um verso de amor.
Todas as ilusões foram mortas
junto dos sonhos que juram eternizar.

Aqui jaz não há mais rima
a gramática é um atentado aos artistas.
A alegria parte sem harmonia
vazios se erguem do meio do nada.
Absolutos, como o homem que morre
e a morte é a rainha soberana.

Aqui jaz intelectuais estuprados,
pela a lorota que alimentam no peito,
a arrogância, a mediocridade, a inveja
e intolerância dos homens feitos de vaidades.
A verdade cortou as próprias cabeças
e segue o curso dos filisteus da cultura.

Aqui jaz parte o coração partido
os sentidos em banalidades.
Os homens mesquinhos
se afastem
Há o medo, a insegurança e a incerteza?
Ou será os seus olhos que se perdem nos meus?

Aqui jaz o mundo em decadência
na própria prepotência.
Pessoas secas sem amor
hipocrisias, charlatanismo
mesquinharia e arrogância
viram cinzas neste Mar ardente.

Nenhum comentário: