sexta-feira, 9 de julho de 2010

As mãos

Não acredito no amor.

Sou muito simples para tanto

mas não leve a mal

é apenas o peso do corpo

as experiências nas mãos

os segredos da vida

e a noite silenciosa em fantasias.


Não acredito em nada.

apenas aceito que fique por perto

acariciando a alma desesperada

sentido o cheiro da chuva ao amanhecer do dia

correndo pelada pela a rua na madrugada solitária

cantando canções estranhas

o corpo num bailar exuberante

apenas por perto.


Às vezes sinto.

Mas também não quero acreditar,

como questionamos tudo

vivemos pesados pela tonelada da consciência

estragamos a noite

e a imaginação nos pensamentos

fornicamos no mundo

e agora rimos.


E solidão!!!

É difícil amar o vazio

que levanta no Mar.

Os homens terão mãos para a dor?

Serão felizes na escuridão?

O que importa!

O que importa agora

as mãos que corre para o nada.

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