terça-feira, 27 de julho de 2010

Boemia a dois

Nas veias táteis desse meu sangue
Esgoto os abismos que há em mim

Incerto dos novos tempos
Desesperado na angústia de prazer

Afronto moinhos de vento reais
Pousados em farsas de solidão

Num delírio risonho que senti o mundo na fantasia

Tato, tato age, marcando nesse suor ébrio
Resquícios da noite anterior – eterno desvario

Sereno na loucura que inventa o ritmo do orgasmo

E nesse crepúsculo dos meus olhos
Põe lá fora um átimo de rosa que desabrocha em flor

como gritos nas mãos que se distorce na medida do olhar

Mergulho na curva do entardecer
Permanecendo noite no despertar da madrugada

(Ximbica e Raffaella, embreagados num bar de Assis)

Um comentário:

raffa disse...

Que bela noite de flores ancestrais e coloridas imagens na gota da nossa pele
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