sexta-feira, 9 de julho de 2010

Momentos

Eu nunca me senti tão livre

dou gargalhadas da cara do mundo

e dos homens superficiais atrás de seus mesquinhos interesses.


A noite escura também ri

Há um rio frente ao abismo

que não se contem ao olhar a espécie em decadência.


As folhas despencam ondulando

e as pessoas invejam

aqueles levitam sobre as ondas.


Sei que não posso entender tudo

na minha frente os sonhos são pobres

O mundo é pobre,

ou melhor:

O homem é pobre!


Amores na miséria da pele

todos querendo motivos para se fornicar

e de perto ninguém é normal.


Sei que estou na contramão

penso no lado oposto

Viro me do avesso

Digo: não é obvio.


Provoco os peitos pequenos que em mim debruçam

dou risada do meu vasto coração

E salto por cima dos caretas gritando.


Eu nunca me senti tão livre

um livro aberto para a loucura

uma chama acesa para a morte

um suspiro lento para o gozo.


Uma estrada deserta para o amor

uma descoberta rasteira no devir

um amante virtuoso para os corações.


Enfrento os males dos hipócritas

e a carne se entrelaça na pele

lutando no sem sentido.


Acredito que sou uma dinamite

explodindo de prazer

voando em fumaça de nuvens.

Nenhum comentário: