quarta-feira, 28 de julho de 2010

Gisele




Que o vento do delírio
toque suave pelos seios
em montanhas intactas da aurora
iluminando a vida da pequena Gisele.

Que o sorriso que cravaste no peito
aumente ao rumo dos ritmos das nuvens
lento, forte, fotográfico
puro como a emoção do ar.

Que grite como o próprio desenho da loucura do amor
de traços sinuosos
na respiração a batida
e o peito em orgasmo.

Que os dias passem
e nunca nos esqueceremos das emoções
e a noite suspire ao contemplar
uma estrela tão bela

Que seja tempos exuberantes
festas, desejos, volúpia.
Os deuses festejam,
e comemore este dia com inveja dos grandes mortais.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Boemia a dois

Nas veias táteis desse meu sangue
Esgoto os abismos que há em mim

Incerto dos novos tempos
Desesperado na angústia de prazer

Afronto moinhos de vento reais
Pousados em farsas de solidão

Num delírio risonho que senti o mundo na fantasia

Tato, tato age, marcando nesse suor ébrio
Resquícios da noite anterior – eterno desvario

Sereno na loucura que inventa o ritmo do orgasmo

E nesse crepúsculo dos meus olhos
Põe lá fora um átimo de rosa que desabrocha em flor

como gritos nas mãos que se distorce na medida do olhar

Mergulho na curva do entardecer
Permanecendo noite no despertar da madrugada

(Ximbica e Raffaella, embreagados num bar de Assis)

domingo, 25 de julho de 2010

20 fevereiro

Nas duas meia noite

que os seios venham em dobro

que a lua me aqueça

neste fogo do sorriso.


Nas duas meia noite

os lobisomens que não ousam gritar ao meu ouvido

A liberdade é plena

Sem o tempo dos hipócritas.


Nas duas meia noite

os cogus brotam das minhas mãos

e na janela a pele

estampa as chamas da cara do homem selvagem.


Nas duas meia noite

que ninguém duvide de meu grito

e da ousadia de minhas palavras

estas que não segue as regras estúpidas da sociedade.


Nas duas meia noite

entendo o silêncio do útero do boi

o nascimento e a semente da natureza

em fogo e em água de amor.

Instantes do olhar...

Paixões que abalam e causam delírios
criando erros mortais
que tiram da pele a razão
e na incerteza do obscuro nos perdemos de desejos.

Ideologias que estremecem o corpo
a queda do muro vem ao chão
num simples esquecer
de bandeiras inúteis.

As coisas simples
numa força exuberante
a emoção de existir palpitando o mundo do peito
suave, delirante, desesperado como o Mar.

O sentimento nas mãos
a experiência empírica de Ser
o ar suave do abismo
que goza na imagem eterna...

sábado, 24 de julho de 2010

Demência permanente

Gritos silenciosos do vento
os homens incapacitados de ouvir
como a música que vomita o mundo

O tempo treme nas mãos
delírios, desespero, loucuras
nada acalma a alma em latência.

Ninguém sabe
as fantasias que passam no obscuro do homem
a demência permanente do ser
E continuo a voar na busca da aurora.

O peito se agita do lado avesso.
dentro dos homens algo incompreendido por eles
e tudo pesa na consciência.

O entendimento maltrata o corpo
são as coisas inúteis na imaginação.
E que pena não trepamos esta noite!

Pele

A pele branca no olhar
escorre pela boca o gosto das nuvens
o desespero espera um pouco no brilho dos olhos
e nas mãos a dama a voar soberana.

Flutua como o ar suave
a aurora dos sonhos.
O fosco perdido do desejo
e o véu da bromélias no colorido do céu rindo.

As aventuras segue a noite
numa volúpia sem fim.
Contenham este mostro que quer amar.

Que se levante as ondas
e o Mar se arrepie
ao orgasmo com a bela em chamas.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

viagens

As mãos perdidas no vento
alto são os caminhos
perigoso os olhares incertos
na impetuosidade das paixões.

A vida é leve
com partes de sinfonias inabaláveis.
Grita aos homens surdos:
olhe os caminhos sinuosos do coração.

Enquanto o tempo para
e frente a pirâmide
apenas um suspiro não adianta.

Denso é o abismo
desatinos sem crenças nas veias
passos inacreditáveis
como a busca do amor na madrugada gelada.

O frio assusta o vendaval do peito
a solidão se derrete nas imagens das montanhas.
uma louca passa rindo pelada
como o diabo gosta.

Tudo se perde
nos dias incompreensíveis
e começo a voar feito ondas de tormentas.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Momentos

Eu nunca me senti tão livre

dou gargalhadas da cara do mundo

e dos homens superficiais atrás de seus mesquinhos interesses.


A noite escura também ri

Há um rio frente ao abismo

que não se contem ao olhar a espécie em decadência.


As folhas despencam ondulando

e as pessoas invejam

aqueles levitam sobre as ondas.


Sei que não posso entender tudo

na minha frente os sonhos são pobres

O mundo é pobre,

ou melhor:

O homem é pobre!


Amores na miséria da pele

todos querendo motivos para se fornicar

e de perto ninguém é normal.


Sei que estou na contramão

penso no lado oposto

Viro me do avesso

Digo: não é obvio.


Provoco os peitos pequenos que em mim debruçam

dou risada do meu vasto coração

E salto por cima dos caretas gritando.


Eu nunca me senti tão livre

um livro aberto para a loucura

uma chama acesa para a morte

um suspiro lento para o gozo.


Uma estrada deserta para o amor

uma descoberta rasteira no devir

um amante virtuoso para os corações.


Enfrento os males dos hipócritas

e a carne se entrelaça na pele

lutando no sem sentido.


Acredito que sou uma dinamite

explodindo de prazer

voando em fumaça de nuvens.

As mãos

Não acredito no amor.

Sou muito simples para tanto

mas não leve a mal

é apenas o peso do corpo

as experiências nas mãos

os segredos da vida

e a noite silenciosa em fantasias.


Não acredito em nada.

apenas aceito que fique por perto

acariciando a alma desesperada

sentido o cheiro da chuva ao amanhecer do dia

correndo pelada pela a rua na madrugada solitária

cantando canções estranhas

o corpo num bailar exuberante

apenas por perto.


Às vezes sinto.

Mas também não quero acreditar,

como questionamos tudo

vivemos pesados pela tonelada da consciência

estragamos a noite

e a imaginação nos pensamentos

fornicamos no mundo

e agora rimos.


E solidão!!!

É difícil amar o vazio

que levanta no Mar.

Os homens terão mãos para a dor?

Serão felizes na escuridão?

O que importa!

O que importa agora

as mãos que corre para o nada.