segunda-feira, 6 de setembro de 2010

volúpia

Cai pela a noite uma pluma
selvagem de enlouquecer as mãos.
Os pássaros passavam por ela cantando
invisíveis ao flutuar sereno do vento.

Os deuses gritavam distantes
e todo o movimento nu dos versos
levavam inveja aos homens orgulhosos
em busca de suas conquistas materiais.

O tempo passava
aqui e ali uma flor aparecia
com aroma ventoso
e os olhos repletos de desejos. 

Dizia a elas:
os reis invejavam os poetas
e de tempos em tempos pensava-os como bobos da corte,
mas em seus sonhos o riso era dos lunático.

Amantes das sombras misteriosas.
O desespero estudava
o niilismo sentia
e entendiam cada criação das criaturas.


A consciência do mundo uma invenção.
Já que tudo é sem valor,
que as convenções abomináveis se distanciem de mim
e o ar sereno delire na volúpia dos dias.

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