sábado, 4 de setembro de 2010

Avesso


Vi seus olhos negros em outros olhos
Vi o amor se transformar.

Trocam os corpos e as cores dos olhos
entrelaçam os amantes sedentos na paixão
as gotas de suor tocam ao vento.

Cristalizam os momentos incompreendidos
vira-me pelo avesso
flutua oh doce palavras.

Seguem eternamente a sabedoria das águas
por mais que os corpos se despedacem.
Os desejos sempre se encontram
em alguma face do tempo.

As andorinhas migram de um lado a outro
como se voltasse sempre onde nasce a vida.

Por mais que tudo mude
algo em você me persegue
algo de estranho em mim.

Tudo me faz pensar que sou você
você sou eu
e as aparências sucumbem ao nascer do sol..

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