segunda-feira, 24 de maio de 2010

XXV

Noite insônica
perfeito autismo nas mãos
que corre na melodia safada
sem horas, nem beira, nem era.

O vento de desespero
fica a rir com a suavidade do tempo
nuvens escassas em sombras
soprando orvalhadas que se derreti aos olhos vermelhos.

Lento é o abismo que caímos
brincando no silencio das fantasias
explodindo no peito aos delírios.

A metamorfose nos mata
alteridade muda no acaso
gritando aos homens: amem!

Nenhum comentário: