terça-feira, 10 de agosto de 2010

canção

I

Suave a indeterminada queda
são as plumas que flutuam.
Ao lado um olhar
Diáfano.

Silencioso ao vento
Admira a valsa rumo ao chão
seguro, tácito, forte
mais intenso que as profundezas da terra.

O céu fica intacto
Como os botões de rosa ao entardecer.
Delírios nos sonhos!
ou uma mulher a se derreter.

Molhada por dentro em si a pequena rosa
algo incompreendido que não se explica.
Nossa! São os deuses,
Ai, eles também não sabem!

O coração pode compreender?
O que as pessoas sentem
explicações, perguntas, entendimento
atrapalham o caminho.

O mundo é um deserto!
O amor a loucura,
e as plantas planam na terra do desespero
como as bromélias ao gozar no ritmo da água.

As paixões explodem
O homem morre como uma bomba.
Mas a dança segue exuberante
 e o abismo fica a rir.


Distante de todos os passos
o coração solitário
os raios da aurora no peito
resfria a pele silenciosa...

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