Nas duas meia noite
que os seios venham em dobro
que a lua me aqueça
neste fogo do sorriso.
Nas duas meia noite
os lobisomens que não ousam gritar ao meu ouvido
A liberdade é plena
Sem o tempo dos hipócritas.
Nas duas meia noite
os cogus brotam das minhas mãos
e na janela a pele
estampa as chamas da cara do homem selvagem.
Nas duas meia noite
que ninguém duvide de meu grito
e da ousadia de minhas palavras
estas que não segue as regras estúpidas da sociedade.
Nas duas meia noite
entendo o silêncio do útero do boi
o nascimento e a semente da natureza
em fogo e em água de amor.
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