I
Corram atrás daquilo que acreditam
como se fosse às coisas mais verdadeiras do mundo.
Esquecem dos outros mundos como se fossem insignificantes
Cheguem lá é o que gritam, em todo os cantos!
Lá na porta do hospício!
Burgueses desistam de mim!
Dentro de mim há uma sabedoria sobre as hipocrisias burguesas
cada ato de seu orgulho sou capaz de entender
as suas fantasias e seus medos tão singelos.
Desconfiam até dos leprosos
que fabricaram com as suas riquezas..
Burgueses desistam de mim!
A minha mente pensa antes das outras
como se pensasse como as outras pensam.
Entendendo antes de abrirem a boca
No olhar!
As suas falsas ilusões
e as suas fugas das simplicidades.
Burgueses desistam de mim!
Sou o esquizofrênico, o louco, o lunático
Sofro de paralisia cerebral
Ando nu pela rua
Não peço a miséria do rico
E não pago pau para burrices infames.
Burgueses desistam de mim!
Vivo cada dia como o único
e me chame do que quiser.
Eu me chamo poeta
desesperado, delirante, subjucida, demente
e surdo para as explicações elitizadas:
de como manter as fortunas em ordem, ou as ordens para as fortunas.
Burgueses desistam de mim!
Poeta - Kairos.