I
Suave a indeterminada queda
são as plumas que flutuam.
Ao lado um olhar
Diáfano.
Silencioso ao vento
Admira a valsa rumo ao chão
seguro, tácito, forte
mais intenso que as profundezas da terra.
O céu fica intacto
Como os botões de rosa ao entardecer.
Delírios nos sonhos!
ou uma mulher a se derreter.
Molhada por dentro em si a pequena rosa
algo incompreendido que não se explica.
Nossa! São os deuses,
Ai, eles também não sabem!
O coração pode compreender?
O que as pessoas sentem
explicações, perguntas, entendimento
atrapalham o caminho.
O mundo é um deserto!
O amor a loucura,
e as plantas planam na terra do desespero
como as bromélias ao gozar no ritmo da água.
As paixões explodem
O homem morre como uma bomba.
Mas a dança segue exuberante
e o abismo fica a rir.
Distante de todos os passos
o coração solitário
Distante de todos os passos
o coração solitário
os raios da aurora no peito
resfria a pele silenciosa...
resfria a pele silenciosa...
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